Mar do Sertão: Triângulo amoroso, político corrupto e vingança movimentam a nova novela das seis

Leonardo Lima
Por Leonardo Lima

Será que todo grande amor é capaz de resistir ao tempo e à distância? Em ‘Mar do Sertão’, a próxima novela das seis, obra criada e escrita por Mario Teixeira e com direção artística de Allan Fiterman, Candoca e Zé Paulino estão noivos. Ela traz toda a doçura da juventude, mas também carrega a força do sertão dentro de si. Criada pela mãe, Dodôca (Cyria Coentro), uma costureira viúva, Candoca é professora em Canta Pedra e está sempre atenta ao que acontece na cidade e pronta para defender qualquer injustiça. Zé Paulino, vaqueiro da fazenda Palmeiral, também é conhecido por todos por seu caráter honesto e justo. O rapaz tem como principal exemplo o pai, Daomé (Wilson Rabelo), meeiro da fazenda. Zé Paulino também é muito leal ao patrão, coronel Tertúlio (José de Abreu).

A ansiedade de Candoca e Zé Paulino é grande, já que em breve vão, finalmente, realizar o sonho de casar-se. O problema é que o coronel Tertúlio dá ordem para que Zé Paulino leve um cavalo até uma outra cidade justamente na data em que a cerimônia está marcada. Enquanto isso, Tertulinho (Renato Góes), filho do coronel, retorna a Canta Pedra depois de uma longa temporada na capital. Ao reencontrar Candoca, o encantamento dele é imediato. E, mesmo quando fica sabendo que a jovem é noiva de Zé Paulino, Tertulinho ainda tenta dar suas investidas. É aí que o destino age: o coronel Tertúlio avisa que o filho deve acompanhar Zé Paulino na entrega do cavalo, mas uma forte chuva durante a viagem provoca um acidente. Tertulinho consegue se salvar, enquanto Zé Paulino é dado como morto.

Quando dez anos se passam e Zé Paulino retorna mais vivo do que nunca a Canta Pedra, a vida de todos os moradores da pacata cidade será afetada, principalmente, a de Candoca. Os dois ficam entre o dilema de viver o que sentem ou deixar que a mágoa fale mais alto. Zé Paulino ainda é tomado pela vontade de fazer justiça e mudar a configuração de poder da região.

Canta Pedra

Canta Pedra, apesar de manter as características de interior, com sua igreja onde a população, todos os domingos, vai à missa do padre Zezo (Nanego Lira) e sua pracinha que é ponto de encontro dos jovens, a cidade também acompanha os passos da modernidade. Tecnologia, por exemplo, não falta, como vemos quando Cira (Suzy Lopes), fofoqueira-mor de Canta Pedra, começa a publicar nas redes sociais tudo o que acontece ali.

Mas nem só de mexericos são feitas as notícias que chegam aos moradores. A Gazeta de Canta Pedra, escrita pelo jornalista Eudoro Cidão (Érico Brás), cobre os acontecimentos da região, especialmente os políticos – ou, melhor, enaltece os atos do prefeito Sabá Bodó (Welder Rodrigues). Como a gráfica de Eudoro também edita o Diário Oficial da cidade, ele segue a cartilha para não perder essa vantagem. Falando em Sabá Bodó, o prefeito não apenas é louco por dinheiro e poder, como também tem a ambição de deixar seu nome marcado na história de Canta Pedra. Para isso, ele pretende construir um açude, o que faria coronel Tertúlio perder o domínio total sobre a água da região. Esse projeto, é claro, dá muito o que falar na cidade.

Quem também está sempre por dentro do que acontece, principalmente, no mundo da moda, é Nivalda (Titina Medeiros), primeira-dama de Canta Pedra. Na tentativa de se destacar das outras mulheres da cidade, ela, em alguns momentos, pode chegar a parecer exagerada na forma de se vestir, mas seu objetivo, no entanto, é alcançado: chamar atenção por onde passa. Já a filha de Sabá e Nivalda, Jessilaine (Giovanna Figueiredo), é mais discreta que a mãe e vista pelo prefeito como sua herdeira política. No início da história, ela vive um pouco na sombra dos dois, mas, com o passar do tempo, vai descobrir que pode, sozinha, tomar as rédeas da própria vida – e do comando da prefeitura.

O comércio da cidade também não fica para trás. A loja de Zahym (César Ferrario) vende desde tapetes persas e eletrodomésticos até produtos do dia a dia. A seu lado no negócio está a esposa, Latifa (Quitéria Kelly), que, sob o recatado véu, desperta os sonhos dos homens da cidade. Zahym cria a filha Labibe (Theresa Fonseca) com mão de ferro, pois, segundo ele, a jovem está prometida a um sheik de sua terra natal. Labibe, no entanto, não leva muito a sério essa conversa do pai, duvidando sobre a real existência desse sheik que um dia vai aparecer. Romântica, ela sonha em se casar, mas por amor, mesmo que não seja com um príncipe, como o pai deseja.

Ao caminhar com o progresso, Canta Pedra vira lugar atrativo para aqueles que querem se dar bem, como é o caso de Vespertino (Thardelly Lima). Agiota aproveitador e oportunista, ele veio da capital e mantém uma casa de câmbio na cidade como fachada para seus negócios escusos. Ao seu lado está sempre Pajeú (Caio Blat), seu jagunço que protege o patrão de tudo e de todos.

Da capital, vemos chegar a Canta Pedra a exuberante Xaviera (Giovana Cordeiro). Ela é amante de Tertulinho (Renato Góes) no início da trama, mas, preterida pelo rapaz, se aproxima de Zé Paulino (Sérgio Guizé) quando ele volta para Canta Pedra. Com um passado conturbado, Xaviera é uma sobrevivente, uma mulher disposta a não repetir esse passado, e que defende com unhas e dentes a chance de construir um futuro melhor para si.

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