O SBT desfez de toda a linha de produção da adaptação de O Patinho devido aos altos custos e cachês irrisórios. Entretanto, o departamento de dramaturgia apostou numa solução caseira e tirou do papel Poliana Moça.
A principio, a trama estava com boa frente de capítulos gravados, mantendo todo o gás de As Aventuras de Poliana, porém, a pandemia da Covid-19 estragou os planos da emissora de Silvio Santos e das suas principais concorrentes. O material produzido foi jogado no lixo, tendo que regravar o que estava previsto.
Meses depois e com o elenco entrando na fase que o texto exige, a estreia de Poliana Moça se apresentou morna e a proposta que haviam compartilhado na coletiva de imprensa, simplesmente não rolou. Uma das maiores reclamações era a falta de história, personagens desconexos e atuações fracas.
Heptavírus e morte de Marcelo
Enquanto As Aventuras de Poliana contava com o jogo do contente e exalava leveza na história, Poliana Moça trouxe um tema bastante delicado: a pandemia. O coronavírus que todos conhecem virou o heptavírus.
A abordagem da temática empobreceu metade da história e espantou e revoltou o público. O personagem principal, Marcelo (Murilo Cezar) foi dizimado pela doença – o que não estava descrito no livro de Eleanor. H. Porter.
Apesar dos pesares, Poliana Moça terminou e não deixará nenhuma saudade. Resta agora, o SBT descansar a imagem de Sophia Valverde e de grande elenco.
O elenco atuou em sintonia com o enredo apresentado, ou seja, tiveram talentos sub-aproveitados. Além disso, atores nitidamente como exigiram que seus personagens entrassem em evidência, vejamos: Roger (em relação ao Marcelo e Pinoquio); Branca e Antônio deixaram os “esportes radicais” porque Glória havia ficado sem a confidente e “ex rival”, assim como deixaram a “Tia Luisa” sem o jardineiro mordomo, respectivamente! Oto se tornou sentimental e, consequentemente, a Tânia/Cobra protagonizou os mais icônicos sequestros, finalmente “paralisada” por um drone: a “Sara”! Além do “casto” namoro juvenil, casamento no civil, por supostas limitações religiosas, como acontecia no Fábrica de Casamentos, que até chegou a visitar uma Igreja, mas Não para celebração do casamento!!!