O público já percebeu o quanto Neném (Vladimir Brichta) e Tigrão vem se aproximando, mesmo sem nenhum deles saber que são pai e filho. Mas a verdade está próxima de vir à tona. No dia do aniversário de 18 anos do herdeiro dos Monteiro Bragança, Rose (Bárbara Colen) avisa a Guilherme (Mateus Solano) que irá contar a verdade para Neném e Antônio, já que não quer mais manter nenhum segredo com o craque de futebol e o filho. Guilherme reage com medo à decisão da modelo. Após ser tranquilizado por Flávia (Valentina Herszage), o médico é convencido de que falar tudo para Tigrão é o melhor a ser feito. As cenas estão previstas para irem ao ar a partir deste sábado, 7.
Rose e Neném, Guilherme e Tigrão, em conversas separadas, colocam tudo em pratos limpos. Os pais do jovem deixam claro que também não sabiam da verdade até Celina (Ana Lucia Torre), às escondidas, fazer o exame de DNA no neto. Ao mesmo tempo que Neném fica muito feliz com a notícia de já ter um filho com a mulher que ama, Antônio vai reagir com revolta à novidade. O ator Matheus Abreu, que interpreta Tigrão, dá detalhes sobre a gravação das cenas, a parceria com o elenco e o aprendizado que leva depois de interpretar o personagem. Confira!
ENTREVISTA COM MATHEUS ABREU
Chegamos na reta final da trama. Qual sua avaliação desse trabalho? O que leva para sua vida de aprendizado depois de interpretar o Tigrão?
Viver o Tigrão me fez reconectar com sentimentos, dúvidas e incertezas que tive na adolescência. Nessa época, queremos nossa liberdade, independência, preferimos ficar com nossos amigos, os pais são quase extraterrestres… Com o passar do tempo, percebemos que é uma fase, mas que somos tolos por não aproveitar cada minuto com esses ETs.
Nossa novela fala muito sobre a preciosidade das relações e como é um trabalho diário alimentar nossos afetos. Além desses sentimentos, o Tigrão me colocou em contato com atores que eu admiro muito e aprendi diariamente nesses meses de gravação. Falamos muito de amor, afeto, família e eu tinha artistas muito sensíveis ao meu lado. As cenas traziam discussões e nos faziam acessar memórias que foram maravilhosas rever.
Antônio finalmente vai descobrir que não é filho de Guilherme (Mateus Solano) e sim de Neném (Vladimir Brichta). Como foi gravar essas cenas?
Com certeza foi um dos grandes desafios com esse personagem. Acompanhamos desde sempre o apreço que o Tigrão tem pela família unida, pelo amor do pai, que nem sempre o demonstrava, então o baque inicial foi muito grande para ele. Até ele entender, mais uma vez, com a ajuda da Tina, que as relações entre eles não mudariam, que o amor nada tem a ver com um exame clínico. Além disso, Tigrão ganhou um paizão, um cara tão legal como o Neném, que é alguém que a gente quer por perto, e eles já estavam cada vez mais próximos.
Essa descoberta vai aproximar ainda mais Tigrão de Tina (Agnes Brichta), que também viveu algo semelhante na novela. O que o público pode esperar para os dois nessa reta final? O triângulo com Soraia (Camila Rocha) se resolverá?
Tina e Tigrão são muito diferentes em alguns aspectos e tão iguais em outros. Acho que essa proximidade no jeito deles foi o que fez essa relação ser tão espontânea e intensa. Eles aprenderam muito um com o outro e essas coincidências de confusões familiares vieram para unir ainda mais os dois. Agora, sobre o desenrolo desse trio, eu prefiro deixar o público descobrir assistindo a novela (risos).
Fale um pouco sobre sua parceria com o elenco. Tem alguma história curiosa das gravações?
Nosso elenco brilhou em dar um jeito de estar juntos nos momentos de cuidados com a pandemia. Mateus Solano, assim como eu, adora trilhar e me apresentou a Pedra da Gávea, no início das gravações. Mais para o fim, levamos uma galera para conhecer também. Colecionamos momentos de trilha para cachoeiras, pedaladas pelo Rio e bons almoços, agregando os amigos do elenco. Foram momentos bem especiais tanto para a construção de memória para os personagens quanto memórias para minha vida mesmo.
Como tem sido a recepção do público ao Tigrão?
Ficam indignados com a volatilidade dele e não tiro a razão (risos). Ele preza muito pela relação familiar e quando as coisas dentro de casa não vão bem, isso estremece toda a vida e as relações que ele tem, principalmente com a Tina, que sofre para acompanhar essa cabecinha bagunçada do Antônio. Mas ele está aprendendo e o apoio da Tina com certeza faz toda a diferença – mas, coitada, é uma labuta para ela.
O personagem tem uma relação muito forte com o skate e, diferente do pai biológico, quase nenhuma com o futebol. Tem alguma relação com esses esportes?
Sou um apaixonado por esportes e sempre fui de experimentar todos que tive oportunidade. Na infância, eu fazia escolinha de futebol e sempre joguei bola na escola, sempre gostei. Apesar de ser bem perna de pau (risos), isso nunca me fez deixar de me divertir. O skate veio um pouco mais tarde, na adolescência com o long board. Quando comecei a andar, o que me chamava a atenção era o downhill, que é a descida de morro e serras de skate. Me aventurei durante um tempo nisso, mas uma queda me fez perceber que é uma adrenalina e um risco que não cabiam na minha vida. Então passei a andar de skate só para dar um rolê mesmo. O Tigrão me fez ter contato com o skate de manobras e, principalmente, com a pista, que com certeza foi onde mais me diverti.
‘Quanto Mais Vida, Melhor!’ é criada e escrita por Mauro Wilson, com direção artística de Allan Fiterman. Escrita com Marcelo Gonçalves, Mariana Torres e Rodrigo Salomão, direção geral de Pedro Brenelli e direção de Ana Paula Guimarães, Natalia Warth, Dayse Amaral Dias e Bernardo Sá. A produção é de Raphael Cavaco e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.