Há exatamente doze anos, a Globo estreava a novela Viver à Vida tendo a sua primeira Helena negra e protagonizada por Taís Araújo. Nos bastidores, o novelista Manoel Carlos queria uma atriz que assumisse sua personagem favorita, mas os seus planos foi por água abaixo, a Globo quis uma atriz negra e ela seria a esposa de Lázaro Ramos.
À contragosto do escritor, Helena passou por um processo de mudanças até chegar o resultado final. Com a narrativa no ar, a protagonista teve forças até o acidente de Luciana (Alinne Moraes), depois disso, sua história virou um grande marasmo com as discussões enfadonha com Marcos (José Mayer), as intromissões de Rafaela (Klara Castanho) com Dora (Giovanna Antonelli) e um romance ardente com Bruno (Thiago Lacerda).
Com a audiência tão morna quanto os personagens secundários que se arrastaram na trama, Maneco tentou reverter a situação alçando a rival de Helena ao posto de protagonista junto com Miguel (Mateus Solano). Embora essa mudança tenha sido tardia demais, muitas situação correu solta e que desagradou os telespectadores. A cena da bofetada de Tereza (Lilia Cabral) em Helena foi o ápice do absurdo, ainda mais com a modelo ajoelhada pedindo perdão.
Dentre erros e acertos, Taís Araújo se sentiu mal ao assumir a personagem, o texto a desagradou e foi um claro sinal de boicote do autor por pura birra. Para muitos, Viver à Vida é uma novela que atendeu as suas expectativas, para outros, passou despercebido ao ponto de ser esquecível. Com 35.65 pontos de média geral, a trama teve a menor audiência da faixa das oito, ultrapassando apenas Passione, escrita por Silvio de Abreu.