O marido de Ana Hickmann, Alexandre Correa, que agrediu a apresentadora no último sábado (11) de novembro, falou com Leo Dias, durante o Fofocalizando no SBT.
Ele abriu o jogo sobre o suposto pedido de divórcio da loira.
Segundo o Noticias da TV, ele falou: “Não consigo falar agora, não paro de chorar. Essa última nota sua me dizimou de vez. Minha vida ficou estreita e triste”.
Ele falou que só a apresentadora pode responder essa pergunta. Alexandre afirmou que Ana é o seu grande amor.
“Sobre o divórcio, só a Ana pode responder isso. A Ana é meu grande amor há 25 anos. Ana é meu eterno amor, mas sobre divórcio, só ela”.
Alexandre não revelou em que ligar está e falou: “Irei à polícia quando me convocarem. Vou lá e narrarei os fatos”.
Caso Ana Hickmann: Por que mesmo o ‘caso isolado’ deve ser denunciado?
A apresentadora Ana Hickmann foi vítima de violência doméstica do empresário Alexandre Correa, o qual era casada há mais de 25 anos.
Segundo o boletim de ocorrência feito pela apresentadora, acessado pelo G1, o empresário foi denunciado por lesão corporal e violência doméstica.
O episódio aconteceu dentro da casa da família, em Itu, no interior de São Paulo. Nas redes sociais, o empresário disse que foi uma discussão e que foi “caso isolado”.
“Queria agradecer o carinho e apoio de todo mundo. O momento está sendo difícil para mim e para minha família. Ainda não estou pronta para falar a respeito”, disse Ana Hickmann no programa Hoje em Dia desta segunda (13).
Mesmo diante dos holofotes da mídia, a apresentadora foi trabalhar e deixou esse recado no final da edição. São muitos os casos de violência doméstica que em muitos casos acabam entrando nas estatísticas de feminicídio.
Nos primeiros seis meses de 2023, 722 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, contra 704 no mesmo período do ano passado.
“Não tem como falarmos de violência doméstica sem falar de feminicídio. Mesmo diante de alegações como ‘caso isolado’, é importante denunciar, principalmente pelas diversas formas que a violência pode ser identificada: abuso físico, emocional, sexual, econômico e psicológico. Estes ocorrem frequentemente dentro do ambiente considerado mais seguro: o lar”, disse Henri Fesa, Médium especialista em relacionamentos e fundador da Casa de Apoio Espiritual Henri Fesa.
O especialista também fala sobre o apoio emocional que as vítimas precisam.
“Não é um momento para perguntas, é um momento para acolhimento, sobretudo porque muitas mulheres ainda não se sentem seguras para fazer a denúncia. A busca por apoio emocional, seja na espiritualidade ou em outros meios, é primordial para seguir a vida. A honestidade na fala da apresentadora em dizer que não está pronta para falar é mais um dos tantos exemplos que ela, mesmo em uma situação bem difícil, nos deu”.
Não existem hierarquias de poder dentro de um casamento. É importante pontuar que essa ideia que coloca o homem como figura central da família também é machista e contribui para os índices citados. A união matrimonial deve ser respeitosa, com empatia e companheirismo. Quando se tem esse pensamento em mente, não existe a possibilidade de violências do gênero, por isso que “caso isolado”, se for, de fato, o caso, deve ser denunciado. “Procure ajuda, sempre”, finaliza Henri.