Todos nós conhecemos a RecordTV do jeito que ela é hoje em dia parcial como todos os veículos, mas a empresa é capaz de omitir a verdade em troca de seus interesses! Conheça todas as ligações políticas e muito mais!
Relação com a Igreja Universal
Segundo a investigação, ao menos 50 empresas, como emissoras de rádio e TV (em especial a Rede Record), gráficas e agências de turismo controladas direta ou indiretamente por integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus recebem dinheiro por doações feitas por fiéis da Igreja Universal em todo o país.
A Igreja Universal, juntamente com a Rede Record e a Folha Universal, principais meios de comunicação ligados à igreja de Edir Macedo, também já tiveram inúmeros conflitos editorias com vários outros meios de comunicação no Brasil, entre eles o portal UOL, a revista Veja, o jornal Folha de S.Paulo e em especial a Rede Globo. Edir Macedo afirmou ao site da IstoÉ que a emissora carioca é um dos maiores inimigos da Universal.
Chute na santa
Vamos relembrar esse triste momento em que a Record mostrou sua intolerância religiosa. Na madrugada do feriado de 12 de outubro de 1995, dia de Nossa Senhora Aparecida comemorada pelos católicos, foi exibido na TV Record o programa O Despertar da Fé, produzido pela Igreja Universal liderada por Edir Macedo, dono da emissora. Durante a transmissão, o evangélico Sérgio von Helder desferiu diversos pontapés e golpes numa imagem da Santa que ele mesmo havia comprado. Além de ter praticados agressões contra a imagem, Sérgio afirmou que “Deus não poderia ser comparado a um ‘boneco’ tão feio, tão horrível e tão desgraçado”.
O ocorrido foi noticiado pelo Jornal Nacional da concorrente da TV Globo no dia seguinte, causando grande repercussão nacional. O fato foi visto com amplas críticas não só pelos católicos, como também por outras religiões, sendo relatado como intolerância religiosa.
Na época, Edir Macedo chegou a oferecer espaço na Record para alguns líderes católicos como um pedido de desculpas, sendo recusado pelos mesmos. Posteriormente, Macedo afirmou que estava sofrendo perseguição religiosa da mídia, em especial da TV Globo, chegando a afirmar que a emissora de Roberto Marinho havia lhe transformado em um “monstro”.
Acusações de viés político
Como nos governos anteriores, Edir Macedo se posicionou pró-governo, quando Bolsonaro entrou em primeiro lugar nas intenções de voto em 2018. A Folha de S.Paulo apurou, junto a outros jornalistas da Record TV, que estavam ocorrendo conflitos na linha editorial de jornalismo da mesma para favorecer Bolsonaro a partir de informações parcial. Até aquele momento, nem a emissora, nem o setor de jornalismo apoiavam oficialmente o político. Devido a isso, ainda em 2018, a diretora do Jornal da Record pediu demissão.
Escrevendo para o The Intercept Brasil, João Filho questionou o aumento da entrada de dinheiro público na Record TV e outras emissoras nas quais os donos aparecerem ao lado de Bolsonaro. Antes do atual governo, era gasto mais dinheiro com as emissoras a partir da audiência das mesmas, mas o método foi cancelado sem motivo.
Em 15 de janeiro de 2020, foi revelado pela Folha de S.Paulo que Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), recebeu, através de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras de TV e agências de publicidade que tem contrato com o governo de Jair Bolsonaro. Dentre elas, estão a Rede Bandeirantes que mudou completamente sua linha editorial após o episódio e a Record TV. Tal fato entrou na análise do Repórteres Sem Fronteiras, que analisa os ataques de Bolsonaro direcionados à imprensa.
Disseminação de desinformação
Segundo o balanço do Radar Aos Fatos de 26 de fevereiro de 2021, a Record TV e outros veículos de comunicação ajudaram a impulsionar desinformação sobre a pandemia de Covid-19 ao publicar entrevistas com médicos no YouTube defendendo drogas sem eficiência comprovada ou com críticas ao uso de máscaras.
Propaganda política subliminar
Em outubro de 2020, a juíza eleitoral Luciana Mocco Moreira Lima proibiu a Record TV de continuar a fazer propaganda política com uso de publicidade subliminar. Circulava pela emissora e no site uma propagandas subliminares para o prefeito Marcelo Crivella, candidato à reeleição da cidade do Rio de Janeiro e que é sobrinho do dono da emissora, o bispo Edir Macedo. Na campanha, a Record apresentava seu novo número de WhatsApp, que terminava com 1010, sendo 10 o número do partido do político. A juíza lembrou que fato semelhante ocorreu em 2014, na eleição para a Prefeitura do Rio de Janeiro, na qual uma foi vinheta suspensa pela Justiça Eleitoral, onde divulgava o Salmo 22, quando o número de Crivella, na época, também era 22.
Procurada a Rede Record não quis comentar a reportagem.
Fonte/ UOL, FOLHA DE S.PAULO e ISTOÉ
Uma matéria de responsabilidade do jornalista Gabriel Martins Alves