Neste domingo, 13/10, os repórteres do Câmera Record revelam de onde vem e para onde vão os remédios ilegais vendidos no Brasil, produtos com procedência e validade desconhecidas que podem trazer riscos à saúde.
Para descobrir a origem dos remédios que chegam ao Brasil clandestinamente, os repórteres Heleine Heringuer, Henrique Beirangê e Michel Mendes desembarcaram em Ciudad del Este, a segundo maior cidade do Paraguai, que faz fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.
Em meio à multidão que toma conta das ruas da cidade mais rica do país vizinho, existe um comércio criminoso de inibidores de apetite, remédios controlados e anabolizantes. Os contrabandistas também oferecem frete e toda uma logística para entregar a encomenda em qualquer parte do território brasileiro.
O repórter investigativo Henrique Beirangê registrou várias negociações com traficantes de remédios do Paraguai. Em uma delas, um homem mostra centenas de caixas com diversos tipos de tarja preta. “Eu tenho para te vender 30, 50, 100, 150 caixas. Não precisa de receita”, garante. O contrabandista tem um cardápio bem variado de medicamentos para vender. Uma cartela com 20 comprimidos de inibidor de apetite, por exemplo, sai por R$ 15. No Brasil, o mesmo produto é comercializado ilegalmente por R$ 200.
E com documentos analisados pelos editores Márcio Strumiello e Fabiana Lopes, as equipes descobriram que um dos maiores contrabandistas de remédio do Paraguai, que deveria estar cumprindo prisão domiciliar em Ciudad del Este, na verdade, passeia livremente pelas ruas da cidade. Juan Celso Urinaga e sua mulher, Glória Ríos Urinaga, foram indiciados pelo Ministério Público Federal do Brasil por participação em esquemas de contrabando. A Justiça brasileira pediu a extradição do casal, mas ainda não obteve resposta da Justiça paraguaia.
Vídeos exclusivos mostram a Força Aérea Brasileira numa caçada impressionante a um avião de Urinaga carregado de remédios. O programa também acompanha operações por terra, da Receita Federal e do Batalhão da Polícia Militar de Fronteira, no combate as quadrilhas.
