A estreia do ‘Altas Horas’ deste sábado, dia 30, em novo horário – mais cedo, logo após ‘Pantanal’ – está especial: o programa reúne uma série de artistas de peso na TV, cinema e teatro, que têm ainda talento musical. E, no palco, revelam suas iniciações na música, além, claro, de cantar canções de sua preferência. Claudia Ohana, Emanuelle Araújo, Erico Brás, Gabriel Leone, Letícia Colin, Manu Gavassi, Marcelo Melo Jr., Samantha Schmütz, Sergio Guizé, Silvero Pereira e Zezé Motta compartilham com Serginho Groisman, plateia e público suas histórias de início de carreira e comentam projetos que já fizeram juntos.
Claudia Ohana conta que a música entrou em sua vida por meio de sua mãe: “Ela tocava violão e começou a me ensinar. Todo mundo na minha família achava que eu seria cantora. Com 15 anos, eu já estava no cinema”, diz a atriz, que canta “Ex Mai Love”, sucesso interpretado por Gaby Amarantos. Emanuelle Araújo, que apresenta a música “Não Deixe o Samba Morrer”, famosa na voz de Alcione, também foi influenciada pela família para a música: “Meu pai gostava muito de música. Tocava violão em rodinhas em casa. Mas, com 10 anos, meu primeiro trabalho foi como atriz. O teatro foi a coisa mais forte, e com uns 14, 15 anos comecei a cantar profissionalmente e a conciliar as duas carreiras”.
O mesmo aconteceu com Silvero Pereira, que está na novela ‘Pantanal’: “Meu pai, lá no Ceará, levou uma vitrola para dentro de casa antes da TV. Cresci ouvindo os clássicos de Nelson Gonçalves, Belchior, e depois fui para o teatro”, e, emocionado, interpreta “Sujeito de Sorte”, de Belchior; e com Zezé Motta, que canta “Tigresa”, de Caetano Veloso: “Meu pai era professor de violão, e ele era bem estudioso mesmo. Acordava e já pegava no violão”.
O baiano Érico Brás garante que o lugar onde nasceu foi a sua maior influência para a música: “Na Bahia, a gente não nasce, a gente estreia […]. Engraçado que Salvador preserva muito a cultura afro-brasileira, e os terreiros de candomblé acabam sendo um dos primeiros contatos com a música” e, entre outras histórias, completa sua participação cantando “Toda Menina Baiana”, de Gilberto Gil. Já Letícia Colin foi levada para a música através de musicais: “Comecei com oito anos a trabalhar como atriz, fazendo publicidade e testes. Sempre amei cantar, flerto com a música há muitos anos, já fiz muito musical […]. Eu assistia muitos filmes musicais. ‘Cantando na Chuva’ era o meu favorito, mas eu era muito pequena“, e canta “Até Quando Esperar”, da banda Plebe Rube.
Manu Gavassi, que é cantora, expõe um movimento contrário dos demais convidados: “Surpreendentemente, a vontade de atuação veio antes porque acho que quando eu era criança não sabia que era capaz de fazer música, embora meu pai fosse musical“. Como fã declarada de Rita Lee, Manu apresenta “Mutante”. Marcello Melo Jr., por sua vez, também conta que a atuação veio antes da música: “Lembro que eu tinha mais contato com composição do que com canto. Lembro de escrever muito mais do que de cantar. Acho que a atuação veio primeiro e a música está chegando”, ri. O ator canta “Ana Julia”, do Los Hermanos, em homenagem à Ana Melo, sua filha.
Samantha Schmütz, popular pela atuação em comédia, se lançou recentemente como cantora, e explica que, antagônico aos últimos convidados, a música veio primeiro: “Veio através da dança, cantei em bar muito tempo, paralelamente às aulas de teatro“, e anima o palco ao som de “Fullgás”, de Marina Lima. Sérgio Guizé, que também mantém carreira musical – durante a pandemia lançou o álbum À Deriva -, defende que “a música é um estado de espírito”, e canta “Sangue Latino”, de Secos e Molhados. E Gabriel Leone falou dos projetos recentes e apresentou “Mil e Uma Noites de Amor”, de Pepeu Gomes.
O ‘Altas Horas’ tem apresentação e direção geral de Serginho Groisman, direção de Adriana Ferreira e vai ao ar aos sábados, depois de ‘Pantanal’.