A verba publicitária do governo, faz uma grande diferença para o fechamento de caixa de fim de ano para várias emissoras. Sabe aquele fim de ano, que vários canais almejam fechar suas finanças no azul? Então, a Globo começou a sentir dificuldades pouco tempo depois de Jair Messias Bolsonaro, assumir o poder, mais precisamente em um período de 3 anos de seu mandato.
Segundo o jornalista Jeff Benício do site Terra com dados do portal da transparência, a emissora dos Marinhos recebia em média 450 milhões de reais por ano, dos governos presidencial de Lula, Dilma e Temer, para veiculação de campanhas publicitárias do poder executivo entre os anos 2003 a 2019.
Em seu primeiro ano de mandato, estima-se que a a redução já teria sido de R$ 150 milhões de verba para Globo. Bolsonaro, em recente entrevista comentou: “Uma grande emissora (a Globo) levava aproximadamente 80% das verbas oficiais. Hoje, nós cortamos 80% do bolo”, disse.
“Aquela grande emissora leva aproximadamente 20% do bolo do governo federal porque nós somos obrigados a fazer uma propaganda também”, explicou. Um dos cortes foi o patrocínio do Banco do Brasil ao telejornal ‘Bom Dia Brasil.
De acordo com dados disponíveis pelo Portal da Transparência, Bolsonaro tinha entre os anos de 2019 a 2021 um orçamento de R$ 1 bilhão para gastar com “publicidade de interesse público”. Segundo dados, foram investidos 483 milhões, com controle de despesas, superior a 50%, que pode ter sido usado para corrigir desequilíbrio entre gastos e receitas do governo para redução de eventual déficit das contas públicas.
A Globo teria deixado de receber nesse período de 3 anos, de verba publicitária entorno de R$ 600 milhões a R$ 750 milhões de reais. Valores que faziam parte de cerca de 4 % da receita bruta anual do grupo Globo. Hoje esse valor não chega 1% da receita.
Ainda segundo o jornalista, a Globo teve prejuízo de R$114 milhões no primeiro semestre de 2021, não fechando como queria suas contas no “azul”.
Bolsonaro cumpriu a promessa de redução de verbas a Globo em seu mandato, mas nada suficiente para estremecer a líder de audiência e uma das maiores emissoras do mundo.