Nesta segunda-feira (06 de maio), Danilo Gentili conversa com Luiz Felipe Pondé.
O convidado fala sobre sua obra “Filosofia do Cotidiano” e explica: “estamos acostumados a pensar filosofia como ‘de onde a gente veio?’ e ‘pra onde a gente vai?’, questões maiores. Falo no livro de questões menores do tipo ‘Deus ajuda quem cedo madruga?’, ‘devo ter filhos ou cachorros?’ ou ‘vale a pena ter mais amigos ou dinheiro?’”.
Segundo Pondé, “clichês nos ajudam a entender a realidade” e “o que as avós falavam é algo a que você sempre deve dar atenção”.
O filósofo comenta uma certa ‘confusão das novas gerações tecnológicas’ e diz que as pessoas passaram a ter a impressão de que as crianças que acabaram de nascer são ‘mais evoluídas’ que as anteriores.
“Daí surge a confusão de que: ‘a minha avó não sabe nada de aplicativos, por isso não sabe nada da vida’”, afirma.
Professor universitário, ele analisa a juventude atual: “o jovem hoje está mais medicado, depressivo. As redes sociais geram uma ansiedade o tempo inteiro para ser amado. Se você não for seguido, você não existe”. E conclui: “as redes sociais fazem as pessoas mentirem mais. Elas editam a vida no Instagram”.