Atriz, cantora e ex-Trem da Alegria, Amanda Acosta interpreta Eugênia, personagem nova nesta fase de “Poliana Moça”. Ela é a convidado do “PoliCast” desta quinta-feira (28). O podcast vai ao ar logo após a exibição da trama na TV, no canal da novela do YouTube, Spotify, Deezer e Amazon Music.
Amanda Acosta iniciou sua carreira como cantora bem cedo. Com quatro anos conquistou o público com sua apresentação no Programa Raul Gil, cantando a música de “A Turma do Balão Mágico”. A carreira artística começou a deslanchar depois de então, ela exerceu diversas campanhas publicitárias, dublagem e depois integrou em um trio mirim chamado “Turma Dó Ré Mi”, que gravou um disco e graças ao sucesso da produção, a pequena Amanda, com apenas oito anos de idade, foi convidada para fazer parte da banda “Trem da Alegria”, que era fã e permaneceu até o final do conjunto, em 1992.
Com o encerramento do grupo musical, Amanda mudou-se para o Rio de Janeiro onde se dedicou à arte cênica. Mas antes disso, a cantora tinha atuado em 1989, no filme dos Trapalhões.
“Eu comecei, na verdade, cantando no Programa Raul Gil, no SBT, na Vila Guilherme, que era um estúdio pequeno e tudo acontecia lá. Eu fui cantar com quatro anos e meio no Raul Gil, uma música do ‘Balão Mágico’ que eu amava, que era ‘Ursinho Pimpão’, e aí eu errei a letra da música na segunda parte e comecei a chorar. Raul me falou: ‘por que você tá chorando?’. Eu lembro exatamente desta cena e uns flash antes de entrar. Eu respondi: ‘porque eu errei a letra da música’. Aí depois não lembro mais nada. Mais tarde, eu fiz publicidade, mas acho que é outra história. Foi no filme dos Trapalhões, ‘A Princesa Xuxa e os Trapalhões’, que eu atuei pela primeira vez, foi lindo demais, todo mundo ama os Trapalhões.
A convidada que também participou da novela “Chiquititas”, do SBT, como Letícia, explica no podcast, a diferença de interpretar dentro do teatro, da televisão e do cinema:
“O teatro é a arte do ator, porque você pode ter um bom texto, uma grande direção, mas se não tiver o ator – porque ele está conduzindo tudo- se não tiver a presença, porque ali na hora, não tem edição, não tem nada que te salve, é você com a plateia e aquele domínio. Você tá inteiro, corpo inteiro, se você não estiver totalmente presente, dominando sua arte, não acontece. […] Na TV, você tem a edição e a câmera é o olhar do público, então não adianta eu estar aqui, tendo uma emoção, e eu desmanchar antes da câmera vir, não adianta. E cinema é outra história também, parecido com novela, mas outro tempo, porque no cinema você tem toda história, você sabe a curva do personagem, sabe o começo, meio e fim; a novela não”.
“Eu quero contar boas histórias, seja na TV, seja no teatro, é isso o que eu quero”, completa a atriz.
A entrevistada revela que seu maior desejo no momento é a proteção das florestas e do ecossistema: “Meu desejo é ver as matas protegidas, estou falando do fundo do meu coração, porque é uma questão que pega muito. O meu desejo é ver os povos indígenas, com as terras demarcadas e nossas terras protegidas, nossas árvores, toda vez que corta uma árvore eu juro para vocês, eu sinto um corte dentro de mim, porque é uma vida e essa vida traz vida para gente”.
Amanda dá vida à Eugênia, esposa do médico Davi [Marcello Airoldi] e tem três filhos, Helena [Luisa Bresser] Pedro [Tavinho Martins] e Chloe [ Mari Campolongo]. Uma mulher muito inteligente e organizada, até demais. Extremamente sociável e carinhosa com todos. Mesmo com ensino superior completo e uma carreira bem-sucedida no passado, escolheu adaptar sua vida para focar na criação dos filhos. É a grande confidente de seu marido e se desdobra para ajudá-lo no que precisar. Diferente de Davi, que é um sonhador, Eugênia é bem pé no chão. Faz de tudo para manter uma boa relação com sua filha, mas sente que algo não permite que isso aconteça. O jeito carinhoso dos filhos adotivos (Pedro e Chloe) a fazem ser mais próxima deles, o que atrapalha ainda mais a relação com a mais velha Helena.
Confira cenas dos capítulos de Poliana Moça comentadas por Amanda Acosta:
SOBRE CENA DO ZEZINHO SER CONVIDADO POR DAVI PARA DORMIR NA CASA DA FAMÍLIA:
“Ela já está acostumada com esse movimento, porque o Davi viaja o mundo e o trabalho é exatamente isso, de cuidar e acolher as pessoas. O que acontece é quando ele fala que vai dormir lá gera uma insegurança nela, porque ela fala: ‘a gente não conhece essa pessoa, a gente teve um contato rápido e essa pessoa vai dormir aqui em casa’, é normal você gerar isso, e isso trouxe uma insegurança, mas ela falou, questionou. Ele acabou dormindo na casa, deu tudo certo, mas acontece essa insegurança”
SOBRE CENA DE EUGÊNIA INDO ACONSELHAR LUÍSA SOBRE PERDA DO BEBÊ:
“Ela foi lá falar da experiência dela que foi muito difícil também, porque ela teve um parto complicado da Helena, teve que tirar o útero porque senão era capaz das duas partirem. E eles resolvem adotar, porque o sonho dela era ter muitos filhos. Então, ela vai lá para dizer que a vida está aí e sempre tem uma solução, tudo tem uma saída, tudo se resolve. E isso vai para tudo e isso é o maior aprendizado. E foi uma cena muito bonita com a Thá [Thaís Melchior] e essa troca de experiência e, às vezes, a gente não fala das nossas dores, questões e você falando das suas dores para os outros é um alívio, por isso que eu acho que o papel da arte é muito importante […] Você está sentindo uma coisa que não fala para ninguém e vai lá no teatro ou vê o filme e se identifica e diz: ‘gente, essa pessoa sou eu’, é uma catarse que acontece, então são anos de terapia resolvidas com um filme. A arte aproxima vidas”.