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Numa segunda-feira, 10 de maio de 1999, a Rede Manchete se despediu do público, devido aos caos financeiro que a emissora esteve passando naquela época. Salários atrasados, greve de funcionários, queda no faturamento acelerou ainda mais a falência da TV Manchete.
Criada no dia 5 de junho de 1983, o jornalista e empresário Aldopho Bloch, redigia matérias em sua editora Manchete, que fazia parte do conglomerado de empresas do Grupo Bloch. Anos depois, viu a necessidade em criar uma emissora com o mesmo nome. Com investimentos em tecnologia daquela época, Manchete era referência num jornalismo forte, assim como na cobertura do esporte brasileiro e internacional, apresentando grandes eventos esportivos. Além de programação própria, a TV Manchete é lembrada pelo público por ter transmitido as produções japonesas do gênero tokusatsu e anime.
Na teledramaturgia, a Manchete exibiu grandes sucessos como Dona Beija (1986) Kananga do Japão (1989-1990), Pantanal (1990), Xica da Silva (1996-1997), ambas foram chegaram a incomodar a Globo. Em anos anteriores, em 1985, a emissora teve prejuízos financeiros, iniciando a primeira crise.
A possível venda da Manchete em 1988
Bloch, em 1988, quis vender a emissora e pediu US$ 350 milhões. Na década de 1990, o então deputado Paulo Octávio fez uma proposta para Adolpho Bloch da proposta de compra da TV Manchete por US$ 200 milhões de dólares.
O sócio de Paulo Octávio era o empresário e educador João Carlos Di Genio, mas nada se concretizou. A Editora Abril também mostrou interesse na emissora. Então, a empresa IBF assumiu a Manchete, mas logo depois teve cassada a sua gestão pela justiça. Adolpho Bloch recebeu de volta o encargo de uma rede nacional, com os salários dos funcionários atrasados em seis meses. Pedindo um tempo aos empregados, ele conseguiu, em quatro meses, normalizar o pagamento da folha.
Agravamento da crise financeira em 1995
Mas o esforço de caixa continuou repercutindo na programação. Pedro Jack Kapeller se tornaria presidente da Rede Manchete, em 1995, após o falecimento de seu tio, Adolpho Bloch. A crise da Manchete se aprofundou após a Copa do Mundo de 1998, quando seu faturamento caiu 40%.
No final de setembro, a emissora demitiu 540 funcionários e novamente a folha estava atrasada. Em outubro, cortou a produção de quase todos os seus programas jornalísticos, abortando, inclusive, a novela Brida. Ela chegou a ficar fora do ar três vezes, a primeira devido a uma invasão de funcionários na torre da emissora em São Paulo.
A emissora seria vendida durante um mês para a Igreja Renascer em Cristo em janeiro de 1999, porém em fevereiro do mesmo ano, rompeu com a igreja, alegando o descumprimento de cláusulas contratuais.
Fim da TV Manchete
No início de 1999, a direção do Grupo Bloch, na figura de Pedro Jack Kapeller e Jacqueline Kapeller, anunciam a parceria com o Grupo Renascer em Cristo para reestruturar a programação e salvar a emissora. O aparente sucesso inicial da parceria deu lugar a um grande fracasso, com polêmicas e calote por parte da Igreja. Com a situação totalmente fora de controle, a TV Ômega de Amílcare Dallevo, presente na programação da emissora, tramitou com o Grupo Bloch o processo de compra da rede e se comprometeu a regularizar toda a sua situação até o momento, desde a saudação das dívidas até o pagamento de salários atrasados. Era o fim da Rede Manchete de Televisão.
Em 10 de maio de 1999 a emissora transmitia pela última vez como Rede Manchete. No dia 11, no horário do Jornal da Manchete, no jornal já sem a identificação ”Jornal da Manchete” ou ”TV Manchete” foi lida uma carta oficializando a venda das operações da rede para a TV Ômega LTDA. A emissora ficou alguns dias sem qualquer identificação até que no lugar da rede, alguns dias depois da concretização da venda, entra a TV!, emissora de transição, sob administração da TV Ômega e utilizando os recursos da Manchete.
Alguns meses depois, em novembro, a fase de transição termina e a Rede Manchete encerra definitivamente as suas operações e dá lugar à RedeTV!, de Amílcare.
Ironicamente, a emissora não conseguiu chegar aos anos 2000, do qual tanto falou em seu início (seu slogan era “A televisão do ano 2000” em 1983).
Confira o último encerramento da TV Manchete
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