A Band tem o histórico de “canal do esporte”, todos temos consciência, mas a emissora tinha uma certa tradição na dramaturgia. Na era 2000, o clã dos Saad, deixaram de produzir para comprar novelas.
Durante cinco anos, a Band exibiu folhetins turcos, com um árduo trabalho, conseguiu fidelizar um público fiel, mas em uma decisão de seu dono, abriram mão do certo pelo duvidoso. Aí então, numa negociação de João Saad, interlocada por José Eduardo Moniz (diretor da TVI), ambos amigos.
Chegou ao Brasil, um primor de novela: Aqui desconhecida, mas que merecidamente havia ganho o prêmio Emmy de Melhor Novela, Ouro Verde que tem em sua estória, tudo que uma boa novela possuí. Entretanto, a Band tem a capacidade de destruir um bom produto, assim como faz com sua programação.
A novela foi tratada de maneira “porca e sem valor”, escondida em picotes de 20 minutos de arte no ar, sem qualquer divulgação na grade ou um cuidado para usar ao favor da emissora um produto tão bom.
Nesta segunda-feira, 14/09 , ao longo de 14 meses chegou ao fim, alguma coisa que tenho certeza que não é uma novela.
A culpa foi da TVI que produziu? Nunca. Quem for ao TVI Player e assistir (de graça), Ouro Verde sem cortes na íntegra, perceberá a novela impecável que é, mas a edição da Band é tão “porca”, quanto a programação da rede.
A minha torcida como colunista e roteirista e que Valor da Vida, excelente trama da mesma TVI não seja exibida pela Band. Afinal, não merece ser tratada como Ouro Verde foi.
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