Há exatamente duas décadas, a Globo e a Record TV permeiam uma guerra sem fim. Nos anos 90, o dono da emissora paulista, Edir Macedo, foi acusado de charlatanismo e usar os membros à tirar dízimo dos fiéis na marra. O vídeo em questão repercute até hoje e se torna alvo de debate atualmente entre os internautas cativos. Agora a história é outra: Marcelo Crivella (Republicanos) é acusado de usar a Igreja Universal do Reino de Deus para lavagem de dinheiro na corrupção da prefeitura.
Do outro lado, a RecordTV noticiou que os irmãos Marinhos, donos da TV Globo, recebiam remessas alta de dólares por intermédio de José Aleixo, na sede localizada no Jardim Botânico. No contra ataque, o departamento de jornalismo da emissora carioca denunciou o grupo formado pelos fiéis do sobrinho de Edir Macedo para omitir informações sobre a situação calamitosa da saúde do Rio, além de pagar funcionários para espantar repórteres.
Respondendo a Globo com denúncias contra a Igreja Universal do Reino de Deus, a RecordTV abriu espaço e fez um série especial, O Lado Oculto do Império. O material é referente às denúncias contra Globo, envolvendo o dolerio Dário Messer, manobras fiscais com intenção de fugir da auditoria da Receita Federal, acobertamento da corrupção desportiva e eleitoral da gestão de Sérgio Cabral dentre outros.
Em resposta, a emissora carioca trata todo esse material como falsa acusação e tem feito investigações quanto a gestão de Marcelo Crivella na prefeitura do Rio de Janeiro. Cada denúncia televisionada pela sua principal rival, a Globo têm desmentido em notas com colaboração da sua assessoria de imprensa.
Essa guerra entre ambas não se trata apenas pela audiência aferida na Grande São Paulo ou no Painel Nacional de Televisão, vai muito além do que isso. As questões políticas e ideológicas abre um espaço abissal entre a Globo e a Record TV. Enquanto a emissora carioca é contra o atual governo, a paulista é a favor e por ai vai. É um batalha entre gigantes que não terá trégua.
As opiniões contidas nesta coluna são de responsabilidade do autor e não corresponde, obrigatoriamente, a linha editorial do N1 Entretenimento.