Há sete anos, Império foi exibida originalmente e trouxe bons resultados para a TV Globo que enfrentava uma forte crise de audiência. O autor Aguinaldo Silva apostou em temas espinhosos para dar aquela provocada no público mais conservador. A fórmula funcionou em 2014, atualmente, os telespectadores questionam o grande êxito da trama.
O personagem Comendador José Alfredo, interpretado por Alexandre Nero, se tornou alvo de críticas dos militantes de plantão. O comportamento do pernambucano volta e meia é questionado. Para entornar mais o caldo, o relacionamento do empresário com Maria Ísis (Marina Ruy Barbosa) é indigesta desde a sua primeira exibição. A grosseria e autoritarismo do personagem com os demais, principalmente com Maria Marta (Lília Cabral), criou uma espécie de ranço para quem assiste.
Outro contraponto são os personagens homossexuais. O jornalista de celebridades Téo Pereira (Paulo Betti) é inspirado em Léo Dias, Fabíola Reipert e nos demais colegas de profissão do autor, que também é graduado em jornalismo. Os trejeitos e a voz esganiçada estereotipam a orientação sexual. Sem uma definição específica, Xana Summer (Aílton Graça) se tornou palco de debate na época de sua exibição original e na reprise. O companheiro de Naná (Viviane Araújo) já foi rotulado de travesti, transsexual quando na verdade, é cross-dressing – Homens que usam roupas e assessórios do sexo oposto para obter gratificação sexual ou para motivos de trabalhos.
Com todos esses quesitos acima, Império envelheceu mau e se tornou a novela problemática para os tempos atuais. Embora seja o formato seja uma obra aberta, algumas questões da sociedade foi desenvolvido de forma errônea e agora, é cancelada pelos militantes e sua audiência cai a cada semana.
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