O humor ácido nunca foi muito bem quisto por uma parcela do público, isso porque toca em feridas e gatilhos de uma sociedade “politicamente correta”. Como se não bastasse um certo desprezo por filmes de comédia brasileiro, a longa Como Ser o Pior Aluno da Escola só prova a deterioração de quem aposta em algo mais sádico. Não é necessário nem assistir o filme completo, só o trailer compartilha o pior biotipo de roteiro.
Originalmente produzido em 2017, há exatos cinco anos no dia 12 de outubro, o produto só veio parar no catálogo da Netflix esse ano, resultado disso, foi a reação extremamente negativa dos asssinantes do serviço de streaming com relação ao conteúdo apresentado. Para os desinformados, além da cena de pedofilia na qual Fábio Porchat antagoniza com dois adolescentes, tem outras temáticas que o filme apresenta: Depredação de patrimônio público, má conduta dos alunos com os professores, autoritarismo dentre outros.
Baseado no livro de Danilo Gentili, Como Ser o Pior Aluno da Escola não é assistível para quem curte algo mais refinado, porém, uma massa de cristãos de família tradicional dão ibope, visualização aquilo é que ruim e ao que vai contra aos seus costumes. As “alertas” contra o longa serviu como uma divulgação velada, aguçando a curiosidade de quem não assistiu. E para piorar ainda mais a situação, os órgãos público acatou uma parcela da reclamação com toda essa repercussão negativa.
Embora vivamos numa democracia, esses tipos de piadas e situações inclusas no filme deveriam ter sido revisto pelos idealizadores naquele ano. Numa entrevista ao Roberto Justus+ em junho de 2012, o apresentador do The Noite reforçou que para fazer piada não precisa ter limites, será? Tanto o dito cujo quanto Porchat fortalecem abertamente a decadência do humor ácido.
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