Nesta semana, a escola de samba Unidos do Porto da Pedra foi surpreendida pelo corte da verba municipal paga pela Prefeitura de São Gonçalo. Vale ressaltar que toda escola de samba recebe verba da prefeitura de seus respectivos municípios para a manutenção de suas atividades, sendo que algumas usam parte do dinheiro para manter seus projetos culturais e sociais.
Em nota oficial divulgada, o tigre de São Gonçalo alega que a prefeitura “cortou verbas de ações sociais, além de não haver selecionado dois projetos propostos pela escola no último edital”. A escola continua a nota dizendo que gostaria de uma “resposta clara” e que a “prestação de contas está em dia e com todas as atividades comprovadas, não havendo razão, portanto, para tal atitude”. Em outro ponto da nota a agremiação diz que “é muito triste ver que o principal expoente cultural da nossa cidade vem sofrendo represálias, justamente porque hoje não está de mãos dadas com a prefeitura do município”.
A Liga RJ, liga que comanda a série ouro do carnaval carioca, se manifestou em apoio a agremiação de São Gonçalo. A liga diz que é “solidária” com a escola e “considera fundamental que os critérios utilizados para desclassificação sejam transparentes e alinhados com os princípios da justiça e da imparcialidade, garantindo que não haja motivações políticas na decisão”. A nota termina com a liga dizendo que reitera a “confiança no diálogo e na transparência como pilares para resolver esta situação, valorizando o esforço contínuo das escolas de samba em promover e enriquecer a cultura”.
No ano que vem, a G.R.E.S Unidos do Porto da Pedra voltará a desfilar na série ouro após ser rebaixada na apuração do grupo especial desse ano.