Uma das maiores apostas pós A Escrava Isaura estreava na tela da Record, Essas Mulheres trouxe o universo romancista de José de Alencar. Livremente baseado nos três livros do autor cearense, Senhora, Lucíola, Diva, Marcílio Moraes desenvolveu a versão televisiva com primor e nuances entre as protagonistas. Aurélia (Christine Fernandes) é uma mulher forte e determinada, Glória/Lúcia (Carla Cabral) sempre à frente do seu tempo e tomada pelas ambições do mundo. Já Mila (Miriam Freeland) é a mocinha frágil que é negligenciada pela sua família, principalmente por Leocádia (Beatriz Nogueira), uma mãe sádica e narcisista.
Embora não tenha tido a mesma repercussão de sua antecessora, A Escrava Isaura (2004-05), a trama estreou com boa audiência e manteve a segunda colocação isolada na Grande São Paulo. Segundo dados consolidados do Kantar Ibope Média na capital paulista, a adaptação marcou média de 10 pontos com picos de 13. Nas semanas seguintes, a audiência começou a cair o que gerou uma certa instabilidade, mas sem perder a posição ocupada para o SBT que estava atravessando um momento complicado provocado pelas mudanças mirabolantes de Silvio Santos.
Além da exibição original, Essas Mulheres foi reprisada em 2007, mas não durou muito na programação da Record e saiu do ar com 17 capítulos sem aviso prévio ou desfecho. No mesmo ano, a trama foi reprisada na Fox Life em horários alternativos: 7h com reapresentação às 13 horas. Seis anos depois, entre 2013-14, o folhetim foi reexibido na Rede Família com 150 capítulos. Em 2018, a obra substituiu Bicho do Mato (2006-07) no bloco de reprises da Record.