Não é de hoje que Cristiane Cardoso se tornou uma figura mal vista dentro da dramaturgia da Record TV. A atuação da filha número um do Bispo Edir Macedo desagrada a alta cúpula e parte da equipe do departamento. Segundo informações da jornalista Carla Bittencourt, Notícias da TV, a baixa audiência de Reis e o revezamento com Todas as Garotas em Mim foram os principais motivos do descontentamento.
Nos bastidores, os executivos tentam abortar essa ideia, assim como a equipe do folhetim bíblico que querem amenizar o sofrimento do baixo rendimento refletido em sua audiência, porém a herdeira se nega e cita a experiência com Gênesis (2021) como se cada fase correspondesse um temporada de Reis. Uma das reclamações comuns entre os profissionais é que o núcleo de dramaturgia se tornou o braço forte da Igreja Universal do Reino de Deus dentro da Record TV. Os nomes gabaritados em com experiência em televisão foram substituídos por pessoas ligadas à instituição religiosa neopentecostal.
Paula Richard, por exemplo, foi dispensada e o seu projeto sobre o Rei Salomão foi oferecido para Raphaela Castro. A inexperiência do braço direito de Cristiane Cardoso é evidente ao ponto de atrasar os trabalhos de Reis e irritar toda a produção. Por conta desses problemas recorrentes, a história chegou a ser substituída por A Bíblia e a audiência despencou nas principais praças do país.
O desejo de Cristiane Cardoso é formar profissionais ligados à Universal para produzir não só novelas bíblicas, mas também histórias contempôraneas dentro da filosofia cristã. A ascensão de Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro surpreendeu alguns profissionais do núcleo de dramaturgia. Vale lembrar que Cardoso iniciou o expediente como colaboradora da segunda temporada de Os Dez Mandamentos (2016) e se auto-promoveu como supervisora de texto de Milagres de Jesus (2014-2015), A Terra Prometida (2016-17), O Rico e Lázaro (2017), Apocalipse (2017-18), Lia (2018), Jesus (2018-19), Jezabel (2019), Topíssima (2019) , Amor Sem Igual (2019-21).