Em plena época das eleições presidenciais no ano de 2017, o bispo Edir Macedo apoiou abertamente a campanha de Jair Bolsonaro, atual líder da nação brasileira desde 2018. Para seguir a linha da autoridade máxima, a Record TV abriu um amplo espaço para o político a entrevistou com exclusividade aliadas de sua chapa.
Conforme o tempo foi passando, a emissora alinhavou sua linha editorial mostrando o total apoio ao Presidente da República (Sem partido). Enquanto a inclinação inflamada à política era fato, uma ala dos telespectadores deixaram de sintonizar o canal e trocaram para mídias alternativas, mas isso se deve por não concordar com o que vinha acontecendo.
Nos bastidores do jornalismo, a demanda era pesada, há quem concordava e quem discordava, recebia um puxãozinho de orelha, além de ser desligado da empresa como foi o caso de Adriana Araújo. Não demorou muito para os executivos abrirem os olhos de largarem de mão essa relação bizarra.
No meado desse ano, pontualmente em agosto, o Governo da Angola mandou fechar a Record TV e Igreja Universal do Reino de Deus sob as acusações de lavagem de dinheiro e charlatanismo. Numa busca de tranquilizar à situação, os líderes religiosos procuraram a embaixada brasileira para dar um suporte e tiveram como resposta, a omissão da chapa do Governo Bolsonaro. Chateados, alguns líderes passaram a confrontar o presidente, assim como é nítido a mudança em seu jornalismo. E de fato, a Record TV se livrou de amarras que é defender a atual gestão política.
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