Em 2015, a Globo completava 50 anos e apostou em novidades na dramaturgia, programação e ganhou uma nova identidade visual que perpetua até hoje. Dentre os investimentos da emissora, Babilônia veio como um presente de grego e conseguiu espantar o público em tempo recorde do principal horário.
A trama escrita por Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga abordou temas espinhosos como homossexualidade, desvio de caráter, prostituição e corrupção, fórmulas utilizados em tramas anteriores, mas que nessa história fracassou miseravelmente. A cena do beijo entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathália Timberg), provocou a ira de uma parcela do público e consequentemente, o enredo virou alvo de boicote dos conservadores, políticos e de algumas figuras públicas.
Em meio a repercussão negativa, queda de audiência e duras críticas dos jornalistas especializados, Silvio de Abreu chegou a intervir na trama e fez algumas mudanças pontuais, apostou em romance, mas mesmo assim não surtiram nenhum efeito acedente. O titular, Gilberto Braga ficou chateado com os rumos que sua história tomou, deixando desfigurado, além de perder o posto de maior Ibope na faixa para uma novela das sete. Para piorar a situação, os problemas nos bastidores foram externados, como por exemplo, o uso de ponto eletrônico em alguns atores e a pressão excessiva de Dennis Carvalho com o elenco.
Esquecível, sem brio, sendo ofuscado pelo crescimento de Os Dez Mandamentos e na tentativa frustada de ser o novo ‘Vale Tudo (1988-89)’, Babilônia fechou com média geral de 25.49 pontos, pior e menor audiência da faixa horária.