A Record de anos atrás que chegou a bater o principal produto televisivo da Rede Globo, parece não ter se empenhado o suficiente para tentar atingir tal feito novamente.
Todos sabem que a emissora tem sim se empenhado a trazer ótimas tramas. Mesmo sendo baseadas em histórias da Bíblia, aliás com grande exito. Exemplo é “Apocalipse” que tem mostrado ser um divisor de águas na teledramaturgia brasileira, trazendo muita tecnologia e atuações impecáveis (como é o caso de Sérgio Marone, o vilão da trama e da mocinha Zoe interpretada por Juliana Knust).
Porém, novelas contemporâneas como é o caso de “Topissima” de Cristiane Fredmann estão sendo adiadas tanto que a mesma será gravada só em 2019 (A autora entregou mais da metade dos capítulos a emissora). Ou seja, produtos bíblicos estão como prioridade na emissora da Barra Funda. Tanto que praticamente todo o elenco da trama das 19h foi remanejado para “Jesus” ou outras produções bíblicas como é o caso de “Lia” e “Rute”, séries que serão exibidas ainda este ano.
Todos sabem que o livre arbítrio faz com que os autores foquem em projetos pessoais, e isso é muito bom. Hoje vemos nomes incríveis fora do ar. No sbt é a mesma coisa, a emissora tem focado apenas em tramas infanto-juvenis. Não que seja errado, mas acaba sendo uma certa overdose para quem assiste. (“Poliana” deve ter 700 capítulos).
A reprise precoce de “Os Dez Mandamentos” tem dado um bom resultado. Porém acaba desgastando a imagem de atores, que são vistos repetidamente nas produções. Igor Cosso é um exemplo (É Bezalel na trama de Moisés) e depois um policial corrupto em Apocalipse.
Enquanto o público esta assistindo reprises recentes, bons produtos são adiados, e quem perde com isso com certeza é o telespectador.
Que tipo de empresa só pensa no dia de hoje? Será que não esta na hora de pensar mais no amanhã? A Globo esta lá soberana com seus 30 pontos. Mais de 70% do seu orçamento vem da teledramaturgia. A Record começou a superá-la no exterior. Se as emissoras focassem em trazer resultados e bons produtos, com certeza a história seria diferente. Assim como foi com “Os Dez Mandamentos”.