Sucesso dentro e fora dos campos, a Copa do Mundo de futebol feminino levou para milhares de pessoas, além do show de bola, a batalha diária de mulheres que sonham trabalhar com o que amam e se tornar jogadoras profissionais. No Brasil, no entanto, a realidade é que a luta para sair do amadorismo continua. Durante quatro meses, os repórteres do ‘Profissão Repórter’, Sara Pavan e Erik Von Poser, conviveram com meninas do interior da Bahia que têm um objetivo em comum: jogar futebol profissionalmente.
Os jornalistas acompanharam uma viagem de ônibus de 27 horas de duração até São Paulo, onde as adolescentes, que têm entre 15 e 17 anos, entraram para o time Estrela de Guarulhos. Já na chegada ao clube, as promessas começam a se desfazer e a realidade se mostra muito diferente do que havia sido prometido. “O que mais me impressionou foi a força de vontade das jogadoras e das mulheres nas famílias, eram muitas com o sonho nos olhos, ainda super jovens. Foi uma pauta de feminismo, antes de ser sobre futebol”, afirma a repórter Sara Pavan.
Único time feminino da primeira divisão do Distrito Federal, o Minas Brasília Tennis Clube oferece às atletas uma bolsa de estudos. Mas para sobreviver, as meninas precisam trabalhar. Os repórteres Júlio Molica e Mariane Rodrigues cumpriram uma jornada tripla ao lado da atacante Thaianny de Souza, que trabalha de manhã, treina à tarde e faz faculdade à noite.
O repórter Caco Barcellos acompanhou as finais do Campeonato Brasileiro de futebol feminino entre Corinthians e Ferroviária, um dos primeiros times a investir no esporte no país. O jornalista assistiu aos dois jogos ao lado de uma torcida de amigos e compartilha a história da goleira Aline, que brilhou na competição. Além dos cantos e da festa da torcida, Caco acompanhou a força que os familiares dão para ajudar no sonho das jovens jogadoras.
O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar nesta quarta-feira, dia 23, logo após o ‘Futebol 2019’