O clima dos bastidores do Estúdio Globo, no Rio de Janeiro, é de total ansiedade. A estreia de Éramos Seis está agendada para estrear no dia 30 de setembro, numa segunda-feira.
As gravações aconteceram na Praia do Itararé e no município de Santos, São Paulo. A presença dos atores no local público, despertaram curiosidades dos banhistas.
A logo apresentada é oficial, porém, a Globo promove algumas alterações e resguarda a arte da novela, até o dia da estreia, evitando assim, qualquer tipo de vazamento.
Sinopse
A vida de Lola (Glória Pires), ao lado do marido Júlio (Antônio Calloni) e dos quatro filhos – Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol Victorino/Nicolas Prattes), Isabel (Maju Lima/Giullia Buscacio) e Julinho (Davi de Oliviera/André Luiz Frambach) – desde quando estes eram crianças até a idade adulta, quando ela termina seus dias sozinha em uma casa para idosos. A história transcorre todos os fatos marcantes de sua vida: a dura luta para criar os filhos pequenos, a morte do marido e de Carlos, os problemas com o rebelde Alfredo, a união precoce de Isabel com um homem casado, e o casamento de Julinho com uma moça rica, o que culmina com a ida de Dona Lola para um asilo.
Entre tanto sofrimento, alguns momentos leves, como a amizade de Lola com a vizinha Dona Genu (Kelzy Ecard), casada com Virgulino (Kiko Mascarenhas), um casal divertido. E os passeios à casa de sua mãe, Dona Maria (Denise Weinberg), em Itapetininga, no interior de São Paulo, onde moram suas irmãs Clotilde (Simone Spoladore) e Olga (Maria Eduarda Carvalho) e a tia Candoca (Camila Amado). A espevitada Olga se casa com o farmacêutico Zeca (Eduardo Sterblitch) e juntos dão início a uma grande prole. Já Clotilde apaixona-se por Almeida (Ricardo Pereira), amigo de Júlio, mas não consegue romper com os padrões morais da sociedade quando tem de decidir morar com ele, que é desquitado.
Conflitos da Família Lemos
De longe, a família de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni) é como qualquer outra da classe média paulistana dos anos 1920. Um casal com seus quatro filhos, cujo patriarca trabalha bastante para manter as contas em dia, e sua esposa fica em casa com as crianças, sendo responsável pela rotina e educação deles. Júlio trabalha em uma loja de tecidos, é muito correto e dedicado, e tem a ambição, assim como a maior parte dos homens de sua época, de enriquecer para oferecer à sua família uma vida boa e confortável. Lola, por sua vez, acredita que quando se faz sua parte, o resto acontece naturalmente, e que enquanto estiverem unidos na casa que estão comprando com tanto suor terão o suficiente para seguir em frente. Suas ambições se resumem, principalmente, às expectativas que têm para o futuro dos filhos.
Mas nem tudo é o que parece e os Lemos têm alguns desafios a enfrentar. O primeiro conflito de Júlio e Lola é a compra do imóvel. Júlio trabalha muito, não tem tempo para se dedicar aos filhos e quando está em casa, frequentemente, está cansado e sem paciência para lidar com a agitação das crianças. Para ele, todo o esforço e dinheiro que eles colocam nesta compra poderia ser evitado se morassem em um local mais de acordo com seu ordenado.
Outras versões
Éramos Seis é o título de um romance escrito por Maria José Dupré, publicado em 1943. Faz parte da Série Vaga-Lume. A obra recebeu da Academia Brasileira de Letras o Prêmio Raul Pompeia.
Em 1967 a segunda versão foi adaptada por Pola Civelli na Rede Tupi sob a direção de Hélio Souto. Cleyde Yáconis e Sílvio Rocha interpretaram os protagonistas da trama, que trouxe ainda Tony Ramos em seu primeiro papel de destaque.
Em 1977 a Rede Tupi realizou a terceira adaptação, sendo a segunda em sua grade, desta vez escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, dirigida por Atílio Riccó e protagonizada por Nicette Bruno e Gianfrancesco Guarnieri. A decisão de adaptar a trama novamente na mesma emissora com apenas dez anos de diferença deu-se pelo fato de que na época as novelas já serem gravadas – diferente da anterior que era ao vivo – e isso garantia uma produção mais sofisticada, com edições que permitiam diversas locações.
Em 1994 a quarta versão foi realizada pelo SBT, escrita novamente por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho e dirigida por Henrique Martins e Del Rangel. Foi protagonizada por Irene Ravache e Othon Bastos. A trama atingiu boa repecpção da crítica especializada e finalizou com uma média de 15 pontos, muito acima das novelas anteriores da emissora.
Em 2019 irá ao ar quinta versão que será realizada pela Rede Globo, escrita por Ângela Chaves e dirigida por Carlos Araújo. Essa nova adaptação será exibida no horário das 18h é terá como protagonista Glória Pires.
Curiosidades
Antes de se tornar autora titular, Ângela Chaves trabalhou como roteirista de televisão, coautora da supersérie Os Dias Eram Assim e colaboradora nas novelas Celebridade, Páginas da Vida, Viver a Vida, Em Família e Rock Story.