Susana Naspolini concedeu uma entrevista ao N1 Entretenimento, na qual falou sobre sua carreira, seu novo livro que ela lançou recentemente e ainda sobre a luta que teve contra quatros cânceres.
Naspolini conta que a ideia de escrever o livro surgiu em 2016, quando ela acabou se afastando do trabalho para fazer o tratamento contra o câncer: “Eu contei para as pessoas e coloquei nas redes sociais que estava doente e que precisaria me afastar para tratar a doença, não escondi de ninguém, conversei sobre o que estava acontecendo e então começaram a surgir dúvidas, às pessoas cruzavam comigo na rua perguntava como era o tratamento, me contava alguma história de alguém que estava passando por isso na família e eu conversava muito com as pessoas e meu irmão observando isso tudo ele sugeriu de escrever um livro, ele falou que ajudaria muita gente“.
Susana conta ainda que num primeiro momento não estava conseguindo escrever, por recio de as pessoas não gostarem e só conseguiu começar a escrever quando focou no objetivo de ajudar aqueles que precisavam. A jornalista ainda completa: “Não sou escritora, então o livro não é uma obra literária, aonde você vai encontrar palavras chiques ou rebuscadas. É uma conversa. Eu ali compartilho aquilo que aconteceu comigo, seria a mesma coisa que eu sentar contigo e contar a minha história.”
Ela também se diz vitoriosa por ter lutado por quatro cânceres, mais também acredita que a vida é feita de pequenas vitórias de todos: “Vitoriosos acredito que seja todos nós diariamente nas pequenas coisas, quando minha filha tira uma nota boa na prova, ela é vitoriosa. Quando ela chega me contanto uma coisa boa que aconteceu na escola, ela é vitoriosa. A vida é feita de pequenas vitórias e de problemas também. Claro que me tratar do câncer quatro vezes e hoje estar aqui bem, disposta, trabalhando é vitória, sim. Não só minha mais dos médicos que me cuidaram, com a minha família, com meus amigos e acima de tudo com Deus. Acredito que a vitória está aí para todo mundo, é só nós encaramos e lutarmos por ela e correr atrás.”
Naspolinii fala que a ideia do título é porque na vida ela escolhe as decisões que ela toma “Eu uso muito essa palavra “escolho”, porque acredito muito nisso, a gente escolhe, desde a hora que acorda, até a hora que vai dormir. Nós escolhemos como lidar com os problemas, como reagir, como encarar. Por mais que teu extinto seja de quebrar tudo, de chorar, de “matar um”. Isso é muito extintivo do ser humano, mas acho que nessa hora a gente escolhe como encarar os problemas com calma“. E completa ainda “Nós vamos escolhendo sempre focando em ser feliz, que eu acho que todos querem. Então acho que o título do livro e notei no presente porque não é assim eu escolhi ser feliz para sempre, longe disso. É uma escolha hoje, amanhã, sempre. É uma escolha diária que a gente tem que fazer diariamente.”
Natural de Criciúma, interior de Santa Catarina, a repórter começou sua carreira na antiga TV O Estado, atual RIC TV Record, na época afiliada ao SBT, depois foi para a RBS TV Criciúma, hoje NSC TV, na sequência foi para a TV Vanguarda, onde permaneceu até 2001. No mesmo ano se mudou para o Rio de Janeiro com seu namorado Maurício Torres. Em 2002 passou a trabalhar na GloboNews cobrindo férias, teve passagem ainda pela TV Futura e desde 2005 está no “RJTV” e desde 2015 apresenta a versão local do “Globo Comunidade”. Susana comenta que foi contrada para fazer parte da produção do “RJ1”. “A vaga na editoria Rio surgiu em 2005,o Juarez Passos até hoje tá lá na produção, que acabou se transformando em um grande amigo, me chamou pra trabalhar na produção da editoria RJ, eu falei bom, eu vou, está abrindo uma porta eu vou, lá dentro vou tentar ir pra rua que é o que eu mais gosto. Aí foi que ele deixou, conversou, mas a vaga agora era para produtora, ai sim foi. Acho que fiquei dois meses na produção aí surgiu uma vaga pra reportagem e estou até hoje, desde de 2005, foi assim que eu entrei e estou feliz da vida.”
A repórter do povão, como é conhecida, apresenta o “RJ Móvel” seu jeito descontraído e suas brincadeiras com o telespectador fez com que esse fosse o melhor quadro do programa. Ela conta que as inspirações para as brincadeiras, surge com o próprio morador “Tudo surge , tudo nasce com morador envolvido com o problema, sabe. A nossa equipe passa o dinheiro inteiro, sabe, a nossa equipe chega às 8:30h e fica ali até terminar o jornal. Assim a gente fica a manhã inteira conversando, trocando idéias, e, olha pra aquele buraco que tá lá, Meu Deus do Céu o que parece esse buraco! É desta conversa, interação com as pessoas que nasce a ideia. E muitas ideias que foram colocadas no ar surgiu do morador,da criança que trouxe um brinquedo.”
As matérias do “RJ Móvel” são escolhidas pela equipe de produção do quadro e são sugeridas pelos moradores através de telefonema para a Central Globo de Jornalismo. “Existe uma espécie de ‘fila’ porque assim uma pessoa que ligou mais tempo tem prioridade, ou então um problema que chegou agora, que é mais que é urgente. Uma ponte que está prestes a cair, por exemplo. Então nós fazermos a ponte primeiro e aquele buraco, depois. A gente tenta respeitar uma ‘fila’ mesmo.”
Sobre novos projetos dentro da Globo, disse que não tem nenhum projeto dela para a emissora, mas se seus diretores tivesse adoraria participar “Eu pessoalmente não tenho, mas adoraria que tivessem para mim. É muito bom quando você sabe que seu chefe está pensando num projeto para ti. Isso para o profissional é maravilhoso. O que eu quero é continuar trabalhando, trabalhando. Adoro trabalhar enquanto tiver saúde eu quero continuar trabalhando, fazendo meu serviço que é o que amo.”