Passeios com cachorros, skatistas, famílias e ciclistas frequentam livremente a Avenida Niemeyer interditada como novo ponto para área de lazer nos fins de semana. Melhor que isso, somente com a via desbloqueada e sem risco de deslizamentos de encosta.
Guardas Municipais e placas indicativas de trecho fechado não inibem os frequentadores que circulam sem nenhum tipo de impedimento por parte dos agentes no local.
Tatiana Dantas, 39 anos, operadora de caixa, esteve na via pela primeira vez a lazer no último domingo (23) acompanhada do filho de três anos e do marido, para andar de skate. “Ficamos sabendo que tinha muita gente aproveitando o espaço e resolvemos vir também”.
O autônomo Felipe Barcelos, 50 anos, continua frequentando o local para andar de bicicleta, mesmo estando interditado. “Eu vivo no Rio de Janeiro, que é uma cidade em guerra. Vou ter medo do que? ”.
Já Luiz Augusto Martins, 58 anos e morador da Rocinha, acredita que o local só oferece perigo em dias de chuva.
A alemã Herta Eger, de 68 anos, que mora na Avenida Niemeyer há 18 meses, faz seus exercícios sem o incômodo do movimento intenso, que era comum no local. “Agora não tem mais barulho de carro, nem poeira! ”.
No mês de maio, Mirela Erbist, a juíza da 3ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro, mandou bloquear a Niemeyer nos dois sentidos para veículos motorizados e não motorizados. Apenas moradores ou pessoas autorizadas por eles poderiam passar para endereços no entorno, sob pena de multa diária de R$ 120 mil para o município.
A prefeitura, através de uma nota, alega que cumpre a ordem com bloqueios sinalizados por cones e que a Guarda Municipal mantém diariamente seis agentes no local.