Vale Tudo recebe duras críticas negativas devido à alguns nomes que não combinam em absolutamente nada com os personagens. Em meio aos caos dos bastidores protagonizado entre Bella Campos e Cauã Reymond, a direção de Paulo Silvestrini está sendo bastante questionável e vulneráveis aos erros primários em cenas, o que soa uma desatenção proposital para que os telespectadores comentem nas redes sociais. Além da filtragem incômoda de novela das sete horas, o texto de Manuela Dias caiu numa morosidade ao ponto afastar ainda mais os noveleiros da trama.
Elogiada nas primeiras semanas, a criadora de Amor de Mãe (2019-20) fez inúmeras mudanças inverossímeis com a intenção de atualizar para retirar um pouco dos comportamentos “tóxicos” da primeira versão. Dentre as mexidas, o Marco Aurélio, anteriormente interpretado por Reginaldo Faria era sarcástico, já a roupagem com Alexandre Nero, beira ao tragicômico e ainda pode assumir novas narrativas que não tinha no roteiro anterior. Mais cruel, a Odete Roitman defendida por Débora Bloch segue dividindo a opinião pública e provoca momentos risíveis por conta das críticas ao país.
Embora enfrente uma séria de turbulências por de trás das câmeras e na audiência que não sobe devido ao boicote, junto com as reclamações dos saudosistas, Vale Tudo serve de aprendizado para a novelista novata que não se deve implementar seus gostos numa das maiores obras da teledramaturgia nacional, assim como a TV Globo que deveria invocar novos autores criativos e saiba desenvolver uma história popular, chamativo, principalmente, parar de apostar em remakes como uma tábua de salvação.
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