Nesta terça-feira (21) o convidado do The Noite é Elymar Santos. Após uma palhinha de “Escancarando De Vez”, ele conversa com Danilo Gentili e lembra ter iniciado a carreira nos bares da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. “Não achava que um dia eu fosse conseguir sucesso. Cantava porque não me via fazendo outra coisa… Quando cantava no Canecão era do mesmo modo que eu cantava no bar da esquina”, diz.
Ele fala sobre os projetos sociais do bairro de Ramos, nos quais é envolvido, e declara: “meu Natal foi uma mesa com moradores de rua na minha casa”. Questionado sobre qual profissão seguiria se não estivesse na música, brinca: “acho que ia ser o maior trambiqueiro. Rolo é comigo mesmo, eu me viro”.
Ao falar sobre a casa em que mora atualmente, no Leblon, lembra: “descia para fazer carreto na feira pras madames e ganhava meu dinheirinho. Hoje eu tenho minha casa nesse lugar e a feira continua ali”.
Elymar também recorda a história emblemática de quando “alugou” o Canecão para se apresentar e fala: “o único popular que cantava lá era Roberto Carlos. Eu abri as portas”. Sobre o valor que desembolsou na época, declara: “muito dinheiro, hoje seria por volta de 300 mil reais”. E relata: “eu comprava os ingressos, para vender e dar o dinheiro para eles. Faltavam 15 dias e não tinha mais um ingresso para vender. E em uma época que não tinha internet, era de porta em porta”.
Sobre ter se lançado de forma independente e fazer o mesmo para outros artistas, diz: “para me lançar já foi um inferno. Não faço para mais ninguém”.
A respeito de um DVD comemorativo de sua trajetória, finaliza: “quando tiver que ser, vai ser. Tudo tem que ser no tempo de Deus”.
