Edvana Carvalho, após seu destaque como Inácia na novela Renascer, está confirmada no elenco do remake de Vale Tudo, que estreará no próximo ano. Na nova versão, a atriz interpretará Eunice, uma mãe dedicada à Fernanda, papel que ficará a cargo de Ramille, e que também vive um romance com Bartolomeu, interpretado por Luis Melo. A personagem Eunice já foi imortalizada por Íris Bruzzi na produção original de 1988.
Além de Edvana, o remake contará com um elenco de peso: Alice Wegmann assume o papel de Solange, personagem anteriormente vivido por Lídia Brondi. As protagonistas da história, Raquel e Maria de Fátima, mãe e filha, serão interpretadas por Taís Araujo e Bella Campos, respectivamente. Paolla Oliveira foi escalada para o papel de Heleninha Roitman, enquanto Alexandre Nero dará vida ao vilão Marco Aurélio, um personagem que foi interpretado por Reginaldo Faria na versão original. Cauã Reymond também faz parte do time de atores confirmados. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
O remake de Vale Tudo é baseado na obra dos renomados autores Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A nova versão está sob a responsabilidade da autora Manuela Dias, que enfrentou críticas nas redes sociais ao comentar sobre mudanças na personagem Odete Roitman, originalmente interpretada por Beatriz Segall. De acordo com Manuela, a vilã passará por alterações significativas que visam contextualizar sua atuação para os dias atuais, o que causou descontentamento entre alguns fãs que esperavam uma representação mais próxima da original.
“Gilberto Braga, com Odete, estava extrapolando a válvula de escape de poder criticar o Brasil exacerbadamente. Hoje, provocar os mesmos efeitos não implica usar os mesmos recursos. Odete era julgada por ser sexualmente ativa aos 60. E hoje? Não estou dizendo que ela vai ser feminista, mas são diferenças,” avaliou Manuela em uma entrevista à Folha de S.Paulo.
A autora ressaltou que, embora a vilania de Odete continue presente, ela será adaptada para refletir as nuances e demandas da sociedade contemporânea. “Odete seguirá sendo uma vilã, mas sua vilania está muito ligada ao momento. Vale Tudo foi a novela da volta da democracia, e naquele momento falar mal do Brasil, ou poder falar mal, era resistência, era revolucionário, era novo. Hoje, não é mais. A gente está saturado disso,” completou Manuela, indicando que a narrativa trará uma nova perspectiva sobre os conflitos da trama.